
Em primeiro lugar, explicando de maneira bem “simplista”, artérias são vasos que saem do coração, transportando sangue com oxigênio e nutrientes para todo o corpo inclusive as pernas.
A doença arterial periférica também chamada de DAOP, resulta de um espessamento progressivo de uma artéria, causado por acúmulo de placas que estreitam ou bloqueiam completamente o fluxo de sangue naquele ponto. Com isso, o órgão que deveria ser nutrido por aquela artéria recebe menos sangue que deveria, levando aos sintomas.
O principal fator para esse espessamento é a chamada Aterosclerose. Ela se caracteriza por formação de placas no interior das artérias, muitas delas ricas em colesterol, que podem ocluir aquele vaso ou então deixar uma superfície irregular que com o passar do tempo, pode determinar o desprendimento de pequenos fragmentos dessa placa causando uma embolia.
Muitas vezes as pessoas com DAOP não apresentam sintomas até que a doença já esteja avançada.
Falando mais especificamente das pernas, quando há uma falta de nutrição sanguínea adequada os músculos da coxa e perna ” reclamam”, ocasionando uma dor típica, que nós chamamos de CLAUDICAÇÃO! Ela tem algumas características como o fato de aparecer quando a pessoa caminha e melhorar imediatamente (cerca de 1-3 min) quando ela cessa a marcha. Subir ladeiras, aclives, também exacerbam essa dor, e ela também é cessada após parar o movimento!
Sinais de aviso
- Quando surgir claudicação;
- Diminuição notável na temperatura da perna ou pé em comparação com o resto do corpo;
- Feridas nos dedos ou nos pés que não cicatrizam ou estão demorando muito para isso;
- Palidez na perna/pé.
Fatores de risco
- Hipertensão Arterial – Pressão Alta (HAS): precisa ser muito bem controlada para diminuir o risco de doenças vasculares associadas;
- Tabagismo: fumar coloca o paciente em risco muito alto para doença arterial, além de agravar quem já tem. Uma coisas mais importantes a se fazer, é cessar o fumo;
- O Diabetes (DM) também aumenta o risco de doença arterial periférica. Um controle adequado é fundamental;
- Obesidade, sedentarismo, colesterol alto: tudo isso é prejudicial para as artérias e contribuem para a formação e progressão da doença;
- Idade: homens acima de 60 anos correm mais risco de DAOP. Mulheres após a menopausa apresentam os mesmos risco que os homens acima de 60 anos;
- Genética: desempenha um papel vital no desenvolvimento da DAOP. Importante saber o seu histórico.
Diagnóstico
A dor nas pernas nem sempre indica DAOP, mas pacientes mais velhos, especialmente aqueles que estão em risco, devem consultar um médico. Um exame de Ultrassom Doppler simples e não invasivo pode diagnosticar doenças arteriais periféricas e determinar sua gravidade.
Tratamento
Se você tem DAOP, existem várias opções de tratamento, que vai depender do grau/estágio em que a doença se encontra, mas de maneira geral temos:
Correção dos hábitos / estilo de vida
- parar de fumar;
- atividade física;
- dieta saudável.
Medicamentos
Há remédios para controle do colesterol, pressão, diabetes e também para melhorar o fluxo de sangue.
Cirurgia arterial
O tratamento tradicional consiste em remover ou contornar o ponto de obstrução arterial por meio de técnicas (enxertos, pontes, bypass,…) consideradas seguras e eficazes. Um exemplo é a chamada “ponte de safena” quando utilizamos uma veia da perna chamada safena, para contornar a obstrução arterial do membro inferior, fazendo o sangue ” desviar” por esse enxerto e chegar na região que está sofrendo. Há indicações bem claras para se indicar um tipo de procedimento como esse, sendo reservado para casos mais avançados. Isso pode ser conseguido também com o uso de próteses (material sintético).
Angioplastia / colocação de stent
São procedimentos mais recentes que a cirurgia convencional e consistem em desobstruir uma artéria entupida ou em vias de, com o uso de balões e stents (molas que deixam o vaso aberto).
Embolectomia
Dependendo do caso, da história, do tempo, pode-se usar uma técnica de remoção de coágulo, através de um cateter que é colocado no interior da artéria.
Essas técnicas são bem precisas e visam sobretudo manter a vida e o membro acometido, trazendo novamente o paciente a sua rotina reinserindo-o no seu contexto. Cada caso necessita ser devidamente estudado e avaliado pelo cirurgião vascular para que então a melhor técnica dentre essas sucintamente expostas, seja aplicada.
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